Danny Brown foi um dos cabeças de cartaz do primeiro dia do NOS Primavera Sound, mas viu-se e desejou-se para conquistar o público do festival.
Danny Brown era provavelmente um dos artistas mais aguardados pela geração mais nova que comprou bilhete para o primeiro dia do NOS Primavera Sound. Ainda assim, não foi tarefa fácil para o rapper conquistar a multidão que por lá andava.
Cantou os seus versos pós-hip-hop, dando a conhecer um pouco da sua história, entre rimas que iam retratando a agressividade e a diferença que existe no século XXI.
Com a chuva a dar tréguas, ouvimos ‘’Atrocity Exhibition”. Este último trabalho, lançado em 2016, resulta numa homenagem à música homónima dos britânicos Joy Division.

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A influência do rock na sua música é clara, a começar pela abertura do concerto com o tema ‘Iron Mad’, original de Black Sabath.
Esteve apenas acompanhado apenas pelo DJ. Este, de volta e meia, largava sons eletrónicos exuberantes que se conjugavam com o tom agudo, por vezes a soar esganiçado, tão característico de Brown.
O rapper de 39 anos de Detroit, iluminado por um ecrã ao fundo onde volta e meia aparecia o seu nome, conquistou quem se encontrava mais perto do palco, que saltava ao mesmo ritmo que o músico ia cantando os seus verbos.
Então, à medida que nos afastávamos das primeiras filas, a euforia ia-se perdendo, o que leva a pensar se esta não terá sido uma escolha demasiado ambiciosa para o público do festival.
Texto: Rita Pereira
Fotografias: Bruno Ferreira