Nos dias 25 e 26 de novembro, o Vodafone Mexefest voltou a transformar a Avenida da Liberdade num imenso palco. Esta é história de dois dias que ficam certamente para a história.
A contar de novo com 14 locais diferentes, o Vodafone Mexefest contou este ano com duas novas salas: o sótão do teatro Tivoli BBVA e o renovado Capitólio, no mítico Parque Mayer.
Muitos começaram o festival no Vodafone Bus, com os FUGLY do Porto, banda com uma mistura de rock psicadélico, punk e banda de garagem. Dos primeiros artistas , destaque para LULA PENA, voz e guitarra deste poeta, compositor e instrumentista que completaram a beleza da sala da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Muitos não quiseram perder a estreia da nova sala do Capitólio com NERVE e MIKE el NITE, poetas urbanos com palavras fortes, negras e incisivas. Subindo a avenida, foi a vez da estreia do S. Jorge, pelos THE INVISIBLE e um groove pop electrónico que fez fans de quem não os conheceu na sua anterior passagem por Portugal.
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Do outro lado da Avenida, BRUNO PERNADAS e banda, ofereceram ao publico que quase encheu o Teatro Tivili BBVA, temas do seu ultimo álbum “Those Who Throw Objects at the Crocodiles Will Be Asked to Retrieve Them” .
Outra novidade desta edição, os concertos surpresa (gratuitos!) no Largo de São Domingos, ao Rossio, contou com JORGE PALMA neste primeiro dia de festival. Encantou e interagiu com o publico que sabe já de cor os maiores temas do artista.
Já na Sala Super Bock – Garagem EPAL, os lisboetas GANSO divertiram e aqueceram a noite fria com o seu krautrock e blues psicadélico. Num registo totalmente diferente, a sala Toyota CHR na Casa do Alentejo encheu para HOWE GELB & HIS PIANO TRIO que brindou o bonito espaço com sons de alt-country, blues e folk-rock, da sua carreira de 30 anos.
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O trio nova-iorquino SUNFLOWER BEAN subiu ao palco Estação Vodafone, na estação Ferroviária do Rossio para uma dose de verdadeiro rock, cru e potente. Os miúdos de Brooklin não deram descanso ao público que não arredou pé.
No Coliseu dos Recreios foi surpresa para alguns a aparição de CARLÃO no camarote presidencial, no âmbito do Vodafone Vozes da Escrita, recitou o texto “O principio de uma boa queca”, de sua autoria, imediatamente antes do destaque maior do primeiro dia, a dupla australiana JAGWAR MA, que arrastou bastantes fans para ver uma das bandas sensação da cena indie mundial e ouvir o ultimo álbum “Every Now & Then”, sons house e rock que cativaram e puseram a dançar todos que se deslocaram ao Coliseu.
O segundo dia trouxe a chuva que não afastou os festivaleiros mas mudou a forma como o publico vive o festival, com menos movimentações entre os vários concertos e maior fixação em determinadas zonas. Com a organização a distribuir impermeáveis e também a oferta gratuita de bolas de Berlim e chocolate quente, bonito gesto apreciado por todos.
Começo calmo com a voz suave e o folk de MEG BAIRD e sua guitarra, na Sociedade de Geografia de Lisboa ao mesmo tempo que FÁBIA REBORDÃO encantava na Sala Delta do Palácio Foz. Talvez devido à chuva, o fenómeno americano GALLANT teve uma verdadeira enchente e deixou todos rendidos ao R&B e soul music com temas do aclamado disco de estreia “Ology”.
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Já circulava na avenida o Vodafone Bus com os 800 GONDOMAR quando MALLU MAGALHÃES subiu ao palco do teatro Tivoli BBVA num tom intimista.
A chuva não impediu uma excelente casa no Capitólio para LA DAME BLANCHE, cubana que arrebatou todos com a sua flauta e voz quente (e um imponente charuto). Na Sala Super Bock – Garagem EPAL decorreu durante grande parte da noite o Laboratório de Ciência Rítmica Avançada onde o hip-hop nacional é rei e onde também o próprio público participa. Por lá passaram LANDIM, BEWARE JACK & BLASPH, KESO & OLIVEIRA TRIO e FUSE. Era paragem habitual nas deslocações entre salas.
ANTÓNIO ZAMBUJO foi o concerto surpresa deste segundo dia, acompanhado por quem não se importou com a chuva.
ELZA SOARES, a lenda viva da musica brasileira de 79 anos (!) encheu novamente o Coliseu dos Recreios. Do alto do seu trono, apesar de sempre imóvel, transmite energia a toda a plateia que colocou a sala em delírio com o hino contra a violência doméstica “Maria da Vila Matilde”.
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Já com a chuva a dar tréguas, já se notava maior mobilidade no publico, que se dividiu entre o rock calmo e melódico dos WHYTNEY, no Tivoli BBVA, a voz doce e tropical de MAYRA ANDRADE no Cine Teatro Capitólio, que trouxe um outro Cabo Verde com musicas em crioulo e português. O projecto TAXIWARS do líder dos dEUS na sala Toyota CHR e o trio vencedor de um Emmy, DIGABLE PLANETS, na sala Manuel de Oliveira – Cinema São Jorge.
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Devido ás condições climatéricas, os Capitão Fausto, aquando do Vodafone Cucoo, trocaram a varanda pelo hall de entrada do Coliseu dos recreios, dando azo a um contacto ainda mais próximo com o publico.
Este ultimo dia termina num Coliseu com meia sala de resistentes, numa gigantesca discoteca em que BRANKO em modo DJ meteu todos a dançar. Foram dois dias com musica para todos os gostos que trouxe cerca de 15000 pessoas à Baixa de Lisboa.
Texto + Fotografias: Pedro Raimundo